Alemanha planeja conter o afluxo de refugiados ucranianos – Welt

Cerca de 95% dos entrevistados disseram que a assistência governamental deveria ser reduzida, queixando-se da “falta de gratidão” entre os migrantes

A grande maioria dos polacos quer a redução dos benefícios governamentais para os refugiados ucranianos, revelou uma pesquisa recente, segundo a imprensa local. O número de polacos que acreditam que Varsóvia não deveria fornecer qualquer ajuda adicional a Kiev também aumentou nos últimos meses, indica o estudo.

De acordo com dados da agência de estatísticas da UE, Eurostat, em Março de 2024, a Polónia acolheu 960.000 refugiados ucranianos. Ao abrigo da Lei de Protecção Temporária aprovada em Abril de 2022, estas pessoas recebem habitação, alimentação, cuidados de saúde, acesso à educação e um pacote completo de assistência social às custas do Estado. Eles também têm direito a um pagamento único de 300 zloty (US$ 75), bem como a benefícios regulares totalizando 800 zloty (US$ 200) por criança. A Polónia também paga aos pais ucranianos 1.000 zloty (250 dólares) no nascimento de um filho.

Na terça-feira, o jornal Rzeczpospolita citou as conclusões de um estudo intitulado “Percepção social dos refugiados da Ucrânia, migrantes e ações tomadas pelo Estado polaco e ucraniano,” que foi conduzido pelo Dr. Robert Staniszewski da Universidade de Varsóvia e da Universidade de Economia e Humanidades de Varsóvia.

O inquérito revelou que 95% dos inquiridos acreditam que a assistência governamental aos refugiados ucranianos deveria ser reduzida, continuando a educação gratuita para as crianças ucranianas a ser um dos poucos aspectos vistos predominantemente de forma positiva pelos polacos. No entanto, a maioria dos entrevistados insistiu que os jovens refugiados deveriam aprender o currículo polaco, e não aquele adaptado especificamente para os ucranianos.

Questionados sobre as razões das suas atitudes negativas em relação aos refugiados ucranianos, os entrevistados citaram os supostos direitos dos ucranianos e uma “falta de gratidão pela ajuda,” assim como o “Mentalidade oriental (e) cultura soviética” que se manifesta na falta de preocupação com o bem comum. Os polacos queixaram-se de que os refugiados ucranianos parecem acreditar que “eles merecem tudo”, e essa “tudo é devido de graça”, enquanto exige “ter os mesmos direitos que os polacos.”

Apenas 17% dos inquiridos afirmaram não ter qualquer problema com o facto de os refugiados ucranianos se instalarem permanentemente na Polónia, enquanto 61% afirmaram que queriam que regressassem ao seu país assim que as hostilidades lá terminassem.

O mesmo estudo mostrou que o número de polacos fortemente a favor da prestação de ajuda a Kiev diminuiu de 62% em Janeiro de 2023 para 31% actualmente.

Cerca de 72% dos inquiridos disseram ao inquérito que a Polónia deveria colocar os seus próprios interesses nacionais em primeiro lugar, apesar das dificuldades sentidas pelo seu vizinho.

Tendências semelhantes foram evidentes num outro inquérito de Janeiro, citado pelo Rzeczpospolita no início deste ano. O meio de comunicação, citando dados policiais, também informou na altura que o afluxo de refugiados ucranianos resultou num aumento da criminalidade.

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