Os preços do Brasileirão voltam a subir: “É o caminho para crescer e nos aproximar da Europa”

DDepois de várias décadas de declínio, O Brasil está virando moda. E, assim como a Turquia, os Estados Unidos e, mais recentemente, a Arábia Saudita conseguiram nos últimos tempos, o campeonato brasileiro está atraindo antigos ‘rockers’ com uma ótima formação. Este verão, sem ir mais longe, jogadores do calibre de Memphis, Coutinho e Thiago Silva desembarcaram em um Brasileirão cada vez mais atraente.

Endrick comemora seu primeiro gol pelo Real MadridMARCA

A aprovação do Lei Bosman em 1995 Foi o golpe definitivo para um campeonato brasileiro que, historicamente, sempre foi um dos maiores exportadores de talentos do mundo. Na verdade, mesmo que a seleção nacional não viva o seu melhor momento, É o local por excelência onde os grandes clubes europeus continuam a ‘pescar’… sendo o Real Madrid o maior expoente.

Os últimos cinco campeões da Libertadores

  • 2023: Fluminense
  • 2022: Flamengo
  • 2021: Palmeiras
  • 2020: Palmeiras
  • 2019: Flamengo

Esta última janela de transferências, com Endrick como principal porta-estandarte, não foi exceção e foram vendidos por um valor de 224 milhões de euros. No entanto, ao contrário dos últimos anos, Esse dinheiro está sendo reinvestido em jogadores que estão transformando o Brasileirão no campeonato mais acirrado da América do Sul. Tanto é que Os últimos cinco campeões da Copa Libertadores são times brasileiros.

Desembarque massivo de investidores

O motivo desta mudança de rumo remonta a agosto de 2021. Data em que A Lei das Sociedades por Ações de Futebol foi aprovada no Brasil com a clara intenção de aliviar a profunda crise financeira em que mergulhou grande parte dos clubes do país. Uma transformação inevitável no futebol de hoje… com poucas exceções.

“Com esses investimentos a tendência é que a gestão do futebol local melhore. Isso costuma trazer mais dinheiro e, com ele, maior capacidade competitiva”confessou Cesar Grafietti, sócio da consultoria Convocados, há alguns anos.

Com esses investimentos a tendência é que a gestão do futebol local melhore

Cesar Grafietti, sócio da consultoria Convocados

Desde então, Não são poucos os bilionários que desembarcaram em um campeonato brasileiro desvalorizado com a clara intenção de obter rentabilidade posterior. O maior exemplo é o americano John Textor, que comprou o Botafogo em 2022. Também há espaço para timeshare com Bragantino (Red Bull) ou Bahia (City Group).

Ronaldo, junto com Pezzolano, com o troféu da Série B do BrasileiroMARCA

No entanto, também existem casos como Ronaldo Nazário, que adquiriu seu querido Cruzeiro em 2021. “Não descansaremos até implementarmos amplamente um modelo de gestão eficiente, ético e que traga sucesso desportivo”‘O Fenómeno’ comentou assim que foi fechado o acordo para assumir a propriedade do clube onde começou a dar os primeiros passos.

Não descansaremos até implementarmos amplamente um modelo de gestão eficiente, ético e que traga sucesso desportivo.

Ronaldo Nazário, dono do Cruzeiro

Esta situação, além de implementar consideravelmente o investimento dos clubes, permitiu-lhes adquirir uma posição negocial muito mais forte com a Europa do que o resto das equipes da América do Sul. E enquanto River Plate foi forçado a ‘doar’ ​​Claudio Echeverri para um gigante como o Manchester City, O Palmeiras faturou mais de 100 quilos com as vendas de Endrick, ‘Messinho’ e Luis Guilherme.

Um campeonato cheio de ‘rachaduras’

Por isso, O Brasileirão conseguiu se tornar um dos campeonatos economicamente mais poderosos do mundo. Tanto é que tem pouco a invejar da Turquia, dos Estados Unidos ou da Arábia Saudita ao nível dos salários com que conseguem atrair ‘velhas glórias’ que ainda têm mais do que uma última dança pela frente.

Tampouco é uma situação nova no Brasil, que Na sua época, ele trouxe de volta ‘filhos pródigos’ como Ronaldo ou Ronaldinho. Agora, a sensação é que foi mais um favor por parte dos clubes e não o contrário. Agora, parece que a situação mudou.

Nos últimos anos, houve contratações como as de Payet, James, David Luiz, Fernandinho, Marcelo ou Diego Costa. No entanto, O pouso que ocorreu neste verão foi massivo: Felipe Anderson (Palmeiras), Coutinho (Vasco da Gama), Alex Telles (Botafogo), Alan (Botafogo), Braithwaite (Guilda), Alexandre Sandro (Flamengo) ou Thiago Silva (Fluminense).

Memphis se passando por novo jogador do CorinthiansX

O último a chegar (na ausência de status oficial) foi Memphis Depayque depois de deixar o Atlético de Madrid decidiu continuar a carreira no Corinthians. Uma adição de luxo a uma equipe que, Atualmente, estão em posições de rebaixamento. O próximo poderia ser Martial, que interessa ao Flamengo… e cuidado no futuro com Neymar e suas piscadelas para Santos.

Agora, Eles não estão investindo apenas em jogadores que já disputaram os melhores jogos de suas carreiras. E, apesar de ser o maior pesqueiro da América do Sul, Eles estão começando a lançar suas redes nos demais países do continente em busca de jovens promissores. Sirva de exemplo Thiago Almada (Botafogo), ‘Charly’ Alcáraz (Flamengo) ou Luciano Rodrigues (CE Bahia).

América Latina deve olhar o mercado brasileiro como referência

Rafael Zanette, especialista em marketing esportivo

“A América Latina deveria olhar para o mercado brasileiro como referência. Esse é o caminho para crescer, até para se aproximar um pouco mais da Europa”Rafael Zanette, especialista em marketing esportivo, destacou há alguns anos para destacar a sucesso do modelo de negócios estabelecido em um Brasileirão que mais uma vez está subindo de preço.



Fuente