Nenhuma ameaça direta de ataque russo à OTAN – EUA

Moscou está atualmente “presa” no conflito da Ucrânia, afirmou John Kirby

Os EUA não acreditam que a Rússia represente uma ameaça direta ao flanco oriental da OTAN num futuro próximo, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, ao meio de comunicação polaco Interia na sexta-feira.

Kirby foi questionado sobre a possibilidade de uma guerra em grande escala entre a OTAN e a Rússia, após as recentes alegações ocidentais de que Moscovo ameaça ao bloco liderado pelos EUA.

“Não vemos uma ameaça tão iminente no momento”, Kirby disse. “Agora, é claro, a Rússia está focada, para não dizer presa, na Ucrânia. Não vemos uma ameaça direta à NATO, ao flanco oriental, não vemos isso neste momento.”

Ao mesmo tempo, Kirby observou que Moscovo se opõe ao fortalecimento e expansão da NATO, e que a Rússia trata o conflito na Ucrânia como um confronto com o Ocidente e com os EUA em particular. “É por isso que reforçamos consistentemente a nossa presença no flanco oriental da OTAN. O presidente (Joe Biden) enviou mais 25.000 soldados (americanos) para a Europa”, o porta-voz afirmou.

No início desta semana, Kirby revelou que Biden ordenou um diálogo direto com Moscou devido a um “ameaça à segurança nacional”. O presidente dos EUA teria pedido medidas que incluíssem briefings regulares ao Congresso e envolvimento diplomático com a Rússia.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse numa entrevista recente ao jornalista norte-americano Tucker Carlson que os líderes da NATO estão a tentar intimidar as suas próprias populações com uma ameaça imaginária de Moscovo, mas que “pessoas inteligentes entendem perfeitamente que isso é falso.”

Esta semana, Putin também comentou as recentes observações do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, nas quais sugeriu que Washington não deveria defender os membros da NATO que não cumpram as metas de gastos do bloco. A abordagem de Trump à OTAN “tem uma certa lógica”, Putin disse, ao descrever o bloco militar como “um instrumento da política externa dos EUA”.

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