O CEO da Disney, Bob Iger, diz que está “trabalhando duro” para evitar ser distraído pela Trian Fund Management e pela pressão da Blackwells Capital por assentos no conselho.
O executivo disse ao 2024 Technology, Media and Telecommunications do Morgan Stanley que o debate público com os investidores ativistas demonstra que a House of Mouse é uma “empresa muito complexa de administrar” que requer uma “quantidade significativa de conhecimento” e “uma enorme quantidade de tempo e foco.”
“Estamos trabalhando duro todos os dias e quando você passa do conserto – o que foi significativo – e do trabalho pesado para a construção, para realmente criar um crescimento significativo para nossos acionistas, a única maneira de conseguir isso é através do foco. E esta campanha é de certa forma pensada para nos distrair, para tirar os olhos de todas aquelas bolas que são necessárias para gerar o que precisamos gerar para os acionistas. É simples assim”, disse ele. “E estou trabalhando muito para não deixar isso me distrair, porque quando eu me distraio, todo mundo que trabalha para mim se distrai e isso não é uma coisa boa. Vou deixar por isso mesmo.
Os comentários de Iger ocorrem um dia depois de Trian lançar um white paper de 130 páginas, defendendo várias propostas destinadas a “restaurar a magia”.
O plano de recuperação da empresa inclui a introdução de um novo incentivo de “margem de streaming” para os executivos atingirem uma margem de 15-20% semelhante à Netflix até 2027, revendo a viabilidade e potencialmente limitando o investimento no Hulu + Live TV, eliminando gradualmente o bloco Hulu no Disney+ e consolidando totalmente os dois serviços de streaming, reduzindo suas ambições com uma versão totalmente direta ao consumidor da ESPN, explorando mais oportunidades de agrupamento e alocando mais de seu orçamento para projetos de baixo custo e mais fáceis de produzir.
Enquanto isso, a Blackwells lançou sua própria apresentação de 100 páginas, com propostas que incluíam uma revisão imobiliária e de ativos estratégicos, uma potencial divisão da empresae um empurrão para priorizar a inteligência artificial e a computação espacial.
Durante a conferência do Morgan Stanley, Iger reiterou que a Disney está no caminho certo para alcançar rentabilidade no seu negócio de streaming até ao final do ano fiscal de 2024.
“Não se trata apenas de rentabilidade. Trata-se de transformar (o streaming) em um verdadeiro motor de crescimento para a empresa”, afirmou.
Ele também elogiou os planos da empresa de transformar a ESPN em uma plataforma totalmente direta ao consumidor, com lançamento previsto para agosto de 2025, e sua joint venture de streaming esportivo com a Warner Bros. Os assinantes da joint venture terão a opção de assinar também a principal plataforma ESPN DTC, observou Iger.
“O que estamos tentando fazer é ser muito, muito pró-consumidor”, acrescentou. “Isso basicamente significa disponibilizar a ESPN de diversas maneiras para que o consumidor possa desfrutar dos esportes que deseja assistir.”
Mais por vir…
