OTAN aproxima mísseis da Rússia – estado membro

O presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, se reunirá com Arvydas Anusauskas no sábado

O ministro da Defesa da Lituânia, Arvydas Anusauskas, entregou sua renúncia à primeira-ministra Ingrida Simonyte, informou a assessoria de imprensa do governo em comunicado na sexta-feira. Anusauskas também estava programado para se reunir com o presidente Gitanas Nauseda no sábado, de acordo com a agenda do chefe de Estado.

O jornalista Edmundas Jakilaitis lançou uma onda de especulações na noite de sexta-feira, quando escreveu no Facebook: “Obrigado a Arvydas Anusauskas. Veremos como Laurynas Kasciunas se sairá.”

Anusauskas, brincando, dirigiu todas as perguntas a Jakilaicius após a postagem.

“Eu prometi a ele que encaminharia todas as partes interessadas a ele para essa mensagem, então vá em frente, ligue, pergunte,” ele disse.

No início desta semana, a mídia lituana previu que o deputado Laurynas Kasciunas poderia suceder Anusauskas como chefe da defesa.

O diário lituano “15 minutos” informou que o ministro da Defesa solicitou uma reunião urgente, o que poderia sinalizar divergências entre ele e a primeira-ministra Ingrida Simonyte. Este último teria desaprovado as declarações que fez nos Estados Unidos, onde visitou esta semana.

As próximas eleições legislativas na Lituânia, marcadas para Outubro, poderão também constituir uma fonte de tensão política. De acordo com as pesquisas, Anusauskas é o membro mais popular do conservador partido União da Pátria – Democratas Cristãos Lituanos.

De acordo com a lei lituana, um ministro deve apresentar uma declaração de demissão ao primeiro-ministro, e o primeiro-ministro deve entregá-la ao presidente.

Estado membro da NATO desde 2004, a Lituânia tem apoiado activamente a Ucrânia desde o início do seu conflito com a Rússia. O país báltico também tem reforçado as suas próprias defesas nos últimos dois anos.

Numa publicação no X (antigo Twitter) no mês passado, a embaixadora da Lituânia na Suécia, Linas Linkevicius, alertou que o enclave ocidental russo de Kaliningrado seria “neutralizado primeiro” se Moscou “ousa desafiar a OTAN.”

A Rússia tem deixado claro de forma consistente que considera o aumento militar da OTAN perto das suas fronteiras ocidentais uma ameaça à sua segurança nacional.

O presidente russo, Vladimir Putin, também disse que Moscovo não tem planos de atacar a NATO, sublinhando que o seu país “não tem interesse… geopolítico, económico ou militar” ao fazer isso.

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