Nikola Jokic É um jogador habituado à excelência. O interior do O Denver Nuggets repete, uma e outra vez, jogos inusitados. Ele é o melhor, sem dúvida, no mundo do basquete e antes do Portland Trail Blazers (vitória por 120-108) estabeleceu números nunca vistos antes em 40 anos na NBA. 27 pontos (11/16 em arremessos de campo, 1/1 em triplos e 4/4 em lances livres), 22 rebotes e 12 assistências. Mais uma fronteira rompida em novo triunfo dos campeões, que aos poucos vão alimentando de vitória em vitória. Eles totalizam 34, o mesmo que os dois times líderes da Conferência Oeste, o Oklahoma City Thunder e o Minnesota Timberwolves. E ninguém pode parar a sua estrela.
Uma linha estatística é tão especial que poucos a alcançam. Jokic soma seis jogos na carreira com pelo menos 25 pontos, 20 rebotes e 10 assistências, todos os outros jogadores ativos… somam apenas quatro. “Estamos vendo grandeza. Pense em como era a vida antes de Nikola chegar aqui. As pessoas não pensam nisso. E não. O que ele faz é histórico, incrível… Ele é duas vezes MVP, campeão mundial e MVP das finais. É a definição de grandeza, porque você não faz isso apenas para ele. Também para o resto. Temos a oportunidade de continuar a vê-lo. Temos que valorizar isso”, refletiu Michael Malone, técnico do Nuggets.
Não é normal, estamos vendo grandeza
Números de legenda
Não são números normais, como diz Malone. Na história existem dois nomes capazes de fazer linhas estatísticas de 27+22+12: em 1961 foi Elgin Baylor, lenda do Los Angeles Lakers. Um jogador que era Jordan antes de Jordan existir. O melhor sem anel. O outro Wilt Chamberlain, que fez isso 12 vezes entre 1963 e 1968. O jogador de 100 pontos, mito preto e branco e prodígio mundial do basquete.
Os Blazers não facilitaram e no último quarto pararam com diferenças mínimas (92-88, 38′). O sérvio apareceu por baixo da borda para garantir a vitória. Ambos convidando Ayton para dançar e jogando pick and roll com Jamal Murray. E encontrar um bom Peyton Watson. O atacante do segundo ano terminou com 14 pontos, o que é uma boa notícia. “Foi o fator x”, disse Jokic. E com Murray sua conexão continua a crescer. O armador canadense fez 13 pontos, 10 assistências e 9 rebotes. Em números combinados com o sérvio, apenas mais dois casais os têm em 40 anos: Jason Kidd e Vince Carter (2007) e Isiah Thomas e Bill Laimbeer (1985).
Cheira a MVP
Jokic, é claro, lidera os grupos de MVP. Entre as lesões de Embiid, apenas Luka Doncic e Shai Gilgeous-Alexander parecem estar ao seu nível. Seria um prêmio elevar ainda mais seu status. Ele assinaria o terceiro, igualando Moses Malone, Larry Bird e Magic Johnson. E só as lendas teriam mais, entre os seis do recordista Abdul-Jabbar, os cinco de Bill Russell e Michael Jordan e os quatro de Wilt e LeBron James. Restaria pouco para o sérvio.
Embora o sucesso do grupo seja sempre preferível. Os campeões estão bem colocados, com as mesmas vitórias – e apenas uma derrota – do Oklahoma City Thunder (34-15) e do Minnesota Timberwolves (34-15). Eles também são superados pelos Clippers (32-15) em porcentagem. No caso do ‘OKC’ passou de surpresa a revelação e é um grande concorrente contra os mais importantes (6-3 cada vez que se defronta com Nuggets, Clippers, Knicks, Wolves e Celtics). Enquanto o Minnesota perdeu a cabeça ao cair no mínimo (106-108) com o Magic.