Cazorla e Torrens, após o jogo.

vocêUm punho no ar floresceu entre o emaranhado de empurrões, defesas e jogadores. Foi aquele de Maite Cazorla (Las Palmas de Gran Canaria, 1997). Seu jogo triplo e muito completo desvencilhou a Espanha no dia chave. E ele foi a alma para que La Familia estivesse a um passo do Jogos Olímpicos Paris 2024 depois de sobreviver aos maus momentos do Pré-Olímpico de Sopron. Assista ao MARCA antes do confronto contra a Hungria (17h30, Teledeporte). Eles poderiam ser olímpicos sem jogar…ou com uma vitória forçada contra o Hungria.

Cazorla e Torrens, após o jogo.FEVEREIRO/ALBERTO NEVADO

Perguntar. Logo após o jogo contra o Canadá ele diz que aquele triplo foi uma ‘euforia’. Como você vê isso horas depois?

Responder. Dê-nos um impulso. Confiar. Coloca o time em vantagem e depois somam as duas cestas de Cris (Cristina Ouvia) e boa defesa. Dê aquele extra, sim.

P. Com Cristina Ouvia vocês formam um casal chave na reta final.

R. É mérito de todos. A defesa, a intensidade. Desde Queralt Casas até qualquer jogador de posição interior. Juntos fomos capazes e o sucesso foi somado na reta final do jogo.

P. Contra o Japão vimos Maite Cazorla que não para de correr, mas no segundo jogo ela é mais uma executora. É devido à mudança de estilo?

R. Sim, essa mudança na abordagem do partido foi boa para nós. Um estilo mais descontraído por ser parecido com o nosso. O Japão corre muito, chuta e a posse de bola é nos primeiros segundos e chute rápido. Em vez de. Contra o Canadá é uma equipa diferente e parece mais a nossa equipa habitual.

Cazorla, em aço

Cazorla, em ação.FEVEREIRO/NEVADO

P. Você tem tempo para fazer cálculos sabendo que com a derrota do Canadá eles se classificarão para as Olimpíadas?

R. Não. Nós nos concentramos no nosso jogo e no nosso rival, a Hungria. PARACaso contrário o pavilhão ficará lotado e a partir daí veremos qual resultado existe.

P. A sua carreira na Euroliga e na Seleção Nacional tem jogos em locais semelhantes. Que sentimento você tem diante de alguém tão transcendental?

R. Esses jogos são legais de jogar. Você quer que o pavilhão esteja cheio e obviamente gostaria que tivesse o público a favor. Mas, pelo contrário, dá-te uma motivação extra importante para a luta.

Ter o pavilhão contra você lhe dá motivação extra

Amo Cazorla

P. Como definir um Hungra?

R. Eles são guerreiros. Bons interiores, é claro. E os forasteiros têm o talento que acompanha os centros. Lutando na defesa, vão dar tudo com o extra do público. Eles irão nos vencer.

P. O que a sua experiência diz sobre essas partidas importantes, apesar da sua tenra idade (1997), apenas alguns anos como profissional?

R. Isso te dá calma. Em sua carreira você já viveu partidas semelhantes, como final ou semifinal. E neste caso o importante é manter o nosso jogo e continuar o que estudamos no escotismo.

Cazorla, na academia.

Cazorla, na academia.FEVEREIRO/ALBERTO NEVADO

P. Tudo começa na defesa.

R. Definitivamente. Seja intenso, pressione, não permita que dêem boas bolas. Porque isso nos permite estar mais relaxados no ataque.

P. No seu jogo pré-olímpico você tem um jogo de sete assistências e outro de ser artilheiro. Você sente que flui em ambos os papéis?

R. Sim. No final das contas viemos de uma concentração muito curta e embora alguns de nós nos conheçamos muito mais, é preciso se adaptar ao que existe. Saber o que melhor beneficia cada pessoa em cada situação.

Se jogarmos nosso jogo, podemos vencer qualquer um

Amo Cazorla

P. O seu treinador, Miguel Mndez, comentou que a equipa voltou a ser reconhecível. Tem o mesmo sentimento por parte do tribunal?

R. É tudo nossa mentalidade. A essência. Jogue o que quisermos. Contra o Japão fizemos o que eles queriam. Corra e seja louco. E na defesa nos dedicamos a perseguir. Contra o Canadá focamos em atacar como queremos, no equilíbrio entre as jogadas interior-exterior… Assim podemos vencer qualquer rival.

P. Quanto importa que este torneio seja bem no meio da temporada?

R. Exija a troca do chip porque você está vindo para a seleção. Os melhores jogadores do seu país e você joga contra os melhores de outros países. Sim, há fadiga. Mas também existe nas pernas dos nossos rivais.

Cazorla lança passe contra Jap

Cazorla lança passe contra o Japão.FEVEREIRO/NEVADO

Megan Gustafson é uma jogadora que dá muito

Amo Cazorla

P. Como você encontra uma jogadora como Megan Gustafson na quadra?

Um muito bom. Ela é uma jogadora que dá muito. Ela tem muitos pontos, contribui com rebotes e é fundamental.

Você não tem tempo para pensar em Paris 2024

Amo Cazorla

P. Você tem tempo para pensar em Paris 2024?

R. Não, ainda não. Existe a motivação para ir, é claro. Mas você ainda não tem esse tempo.



Fuente