Dois homens foram considerados culpados pelo assassinato de Jason “Jay” Mizell, famoso como Jam Master Jay, do grupo de hip-hop Run-DMC, de acordo com o DOJ.
Um júri do Brooklyn entregou os veredictos de culpa a Ronald Washington e Karl Jordan Jr. no tribunal na terça-feira. Uma vez condenados, cada um deles pode pegar 20 anos de prisão perpétua.
Washington é amigo de infância de Mizell, enquanto Jordan é afilhado de Mizell. Uma luta supostamente quase explodiu no tribunal após os veredictos. “Vocês acabaram de matar duas pessoas inocentes”, gritou Washington. Também estiveram presentes apoiadores de Jordan, a quem ele disse que amava antes que os marechais dos EUA o escoltassem para fora.
As deliberações oficiais – que duraram 10 horas – começaram na segunda-feira, depois que um jurado foi substituído e demitido do conjunto inicial de jurados.
A decisão ocorre 22 anos depois que o astro foi assassinado em 30 de outubro de 2002, em seu estúdio musical. Em agosto de 2020, um grande júri de Nova York acusou os homens de homicídio enquanto estavam envolvidos no tráfico de drogas, uso de arma de fogo com intenção de ferir mortalmente, posse de cocaína com intenção de distribuição e múltiplas acusações de distribuição de substância controlada.
Os promotores acusaram Washington e Jordan de entrar no estúdio de Mizell no Queens e atirar nele mortalmente. Ele morreu em consequência de um único tiro na cabeça, disparado por um atirador mascarado. Nos dias que antecederam o assassinato, Washington estava hospedado com Mizell. Mais tarde, ele foi apontado como possível suspeito em 2007, de acordo com a AP. Washington está atualmente na prisão federal por roubos que cometeu após a morte de Mizell.
Nos argumentos finais da promotoria, o procurador assistente dos EUA, Artie McConnell, disse que o assassinato foi por causa de “ganância”.
“É uma questão de dinheiro. É uma questão de ciúme”, disse McConnell. “E é sobre as ações de dois homens, Karl Jordan Jr. e Ronald Washington, que as evidências provam serem assassinos.” No extremo oposto, os advogados de defesa afirmam que o terceiro réu Jay Bryant – que foi acusado em maio de 2023 de homicídio enquanto estava envolvido no tráfico de drogas e homicídio relacionado com arma de fogo – é o responsável pelo homicídio.
“Jay Bryant é literalmente uma dúvida razoável neste caso”, disse Michael Hueston, advogado de Jordan. Bryant se declarou inocente e será julgado separadamente em janeiro de 2026.
