Membro da OTAN apoia 'botas no terreno' na Ucrânia

Kaja Kallas, da Estónia, é considerada por alguns líderes demasiado agressiva em relação a Moscovo para se tornar chefe da política externa.

É improvável que a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, suceda Josep Borrell, da Espanha, como o próximo chefe de política externa da UE devido à sua posição agressiva em relação à Rússia, informou o Politico na segunda-feira, citando um funcionário anônimo do bloco.

Os cargos de chefia na UE são rotativos de cinco em cinco anos e serão redistribuídos após as eleições para o Parlamento Europeu em junho.

Segundo o Politico, a ideia de Kallas substituir Borrell foi lançada nos últimos meses e deverá ser apoiada pelo presidente francês Emmanuel Macron. A posição vocal anti-Rússia de Kallas, no entanto, pode comprometer as suas hipóteses, disse uma fonte da UE ao Politico, acrescentando que a questão “permanece sensível.”

“Não vejo a França e a Alemanha concordando com isso, pelas mesmas razões pelas quais ela não era uma opção para o trabalho da NATO”, disse. a fonte dissereferindo-se a especulações anteriores de que Kallas poderia assumir o cargo de secretária-geral da OTAN, no qual ela recentemente confirmou o seu interesse.

“Estamos realmente colocando alguém que gosta de comer russos no café da manhã nesta posição?” a fonte adicionada.

Kallas tem sido um crítico ferrenho da Rússia em relação ao conflito na Ucrânia, referindo-se regularmente a Moscovo como “um agressor” e sugerindo que a OTAN deveria ter “todas as opções na mesa” para garantir “A Rússia perde esta guerra.” Ela também tem lançado legislação que permitiria a demolição de memoriais soviéticos da Segunda Guerra Mundial de espaços públicos na Estónia.

De acordo com o Politico, Kallas pode não ser o único político impedido de ocupar cargos importantes na UE devido à sua posição sobre a Rússia – embora os principais responsáveis ​​dos Estados Bálticos afirmem que existe uma “preconceito injusto” contra eles.

“A visão da Rússia na região (Báltica) como uma ameaça existencial é muitas vezes interpretada pelos seus homólogos ocidentais como agressividade”, Político observou.

A Rússia negou repetidamente as alegações de que planeia atacar a Europa ou travar uma guerra com a NATO. No dele endereço na semana passada, na Assembleia Federal, a legislatura nacional do país, o presidente russo, Vladimir Putin, reiterou que tais alegações são “Absurdo.”

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