Livros que atravessam o Atlântico 2

Clube Encontros abril

O que é meu

José Henrique Bortoluci.
Fósforo • 144 pp • R$ 59,90
Companhia das Letras • 192 pp • 17,45€

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Ó Reunião de leitura recebe em abril o sociólogo, professor e escritor brasileiro José Henrique Bortoluci. O autor de O que é meupublicado no Brasil em 2023, pela Fósforo, e em Portugal em fevereiro de 2024, pela Companhia das Letras, fala sobre seu livro com os participantes do clube de leitura Fósforo PÚBLICO é sim Quatro cinco Um.

O que é meu foi escrito a partir de conversas que José Henrique Bortoluci teve com seu pai, Didi, que de 1965 a 2015 dirigiu um caminhão pelas estradas do Brasil.

A jornalista e escritora brasileira Francesca Angiolillo revisou esta obra para a revista Quatro Cinco Um quando o livro foi publicado no Brasil: “Enquanto o pai atravessava o país carregando cargas pesadas por estradas inacabadas, Bortoluci foi mais longe. Primeiro, nas Olimpíadas escolares. Depois, cursando a faculdade e, por fim, obtendo o doutorado em sociologia pela universidade de Michigan . Hoje é professor da Fundação Getulio Vargas, em São Paulo. Sua história faz dele um clássico ‘class shifter’, nome cunhado por Pierre Bourdieu e aplicado na sociologia àqueles que, oriundos de meios menos abastados, ascender através da educação ou por um talento extraordinário. Leia o texto na íntegra.

O Encontro de Leitura é aberto a todos que queiram participar. O ID é 821 5605 8496 e a senha de acesso é 719623. Participe da reunião Zoom usando link.

Viagem: 9 de abril, terça-feira

Horário: 22h em Portugal (18h não Brasil)

Evento online gratuito, via Zoom

(No topo da newsletter, o escritor e sociólogo José Henrique Bortoluci. Caio Oviedo/Divulgação)

Arquivo

Acompanhe os Encontros de Leitura! PÚBLICO lançado um site com todas as reuniões do clube. Embora só seja possível participar ao vivo, as conversas são gravadas, editadas e publicadas como podcast. A sessão de Fevereiro com o escritor angolano Kalaf Epalanga está agora disponivel.

Reunião epistolar

De Ondjaki a Clarice

Na sua coluna da revista Quatro Cinco Umo escritor angolano escreveu uma carta a Clarice Lispector.

O escritor angolano Ondjaki e a escritora brasileira Clarice Lispector

(Divulgação/Embaixada da Ucrânia no Brasil/Reprodução)

“Cara Clarice,

Há dois momentos, dois momentos meus, em que me lembro muito de você e invoco suas lembranças de conversas que não tivemos ou de olhares que nunca conhecemos. Dentro da alma surge uma música secreta que nada tem de clássica e que também não conheço, e, assim, começa uma tristeza extensa e palpável nestas palavras que vou contar-vos”, escreve Ondjaki na sua coluna que será publicado em abril na versão impressa da revista brasileira, perguntando-se: “Querida Clarice: para qual lugar encantado devo enviar esta carta?”. a crônica na íntegra.

Leia outros textos na coluna Recordaçõessim Quatro Cinco Um

Festival literário

Lisboa quer ser cidade inspiradora na Feira do Livro de Buenos Aires

De 25 de abril a 13 de maio, a capital portuguesa será a convidada de honra da 48ª edição da Feira Internacional do Livro de Buenos Aires.
Com o lema “Lisboa, Cidade Inspiradora”, a capital portuguesa será a convidada de honra da 48.ª Feira Internacional do Livro de Buenos Aires, que tem a particularidade de convidar cidades e não países. A Câmara Municipal de Lisboa recebeu há um ano o convite da Fundación El Libro para este evento, que decorre na capital argentina de 25 de abril a 13 de maio, e considerou que é “uma oportunidade” para internacionalizar a cultura lisboeta. Leia o texto em Leituras.

Em Montras e Vitrines — Livros que cruzaram o Atlântico

ROMANCE

O peso do pássaro morto

Autora: Aline Bei​
Editora: Editora Particular
176 pessoas • € 18,50
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Vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura em 2018, o romance de estreia do escritor, lançado no Brasil pela editora Nós, acaba de ser lançado em Portugal pela Infinito Particular. O romance acompanha a dor e a angústia da vida de uma mulher dos oito aos 52 anos.

Ouça também: No Encontro de Leitura de Setembro de 2023, leitores do PÚBLICO e Folha de S.Paulo conversou com a escritora brasileira Aline Bei. Ouvir podcast.

POESIA

Poesia

Autor: Luis Miguel Nava
Editora: Assírio & Alvim Brasil
352 pp. • R$ 72

A edição elaborada por Ricardo Vasconcelos, autor de Campo de Raios: Excesso de leitura na poesia de Luís Miguel Navapublicado pela Assírio & Alvim, em Portugal, inclui toda a poesia altamente filosófica publicada em vida e algumas obras inéditas do poeta que nasceu em Viseu, em 1957, e morreu em Bruxelas, em 1995. Além dos poemas que Nava publicou durante sua vida, Poesia que acaba de ser lançado no Brasil traz ao público um conjunto de textos inéditos ou parcialmente inéditos, que levam a uma compreensão mais global da obra de Nava. Em Portugal, este livro foi publicado em setembro de 2020.

Ainda é o mar, mas o que você vê
florescer onde quer que chegue. Chamando isso
surfista
o céu rasga seus ombros

POESIA

Toda a terra

Autor: Ruy Belo
Editora: Assírio & Alvim Brasil
240
pp • R$ 58

Publicado originalmente em Portugal em 1976, o volume pode ser considerado uma síntese das ideias do poeta e ensaísta nascido em São João da Ribeira. “Escrever é desconcertante, perturbador e, até certo ponto, ofensivo (….) Claro que estou falando do poeta e não do poeta, do industrial e comerciante de poemas, do promotor da venda das palavras que ele proferido. Estou falando do homem que nunca descansou no que escreveu, decidiu servir a si mesmo e para servir, ele se levantou constantemente.

Amanhã tem Ipsilon nas bancas

Luís de Freitas Branco aproveita um único ano, 1971, para explicar em A Revolução antes da Revolução como a música, dos mais variados gêneros, influenciou a derrubada da ditadura. Em entrevista ao Ípsilon, diz ao jornalista Nuno Pacheco: “A música é uma arma, mas temos que renovar o armamento” Leia em leituras.

Paula Lobato de Faria lança o terceiro romance dedicado ao período do Estado Novo, tendo a mulher como tema central. “Quando olham para nós não nos dão a credibilidade que dão a um homem”, lamenta para o PÚBLICO.

Seis décadas podem pesar em muitos livros, não no clássico de Luís Bernardo Honwana. Nós matamos o cachorro enevoado Ele envelheceu com sabedoria e com camadas suficientes para poder ler o presente. Dossiê com textos do jornalista Antonio Rodrigues. Uma entrevista com Ondjaki e uma análise de João Manuel Neves.

Maria do Carmo, a heroína invisível de Na terra dos outros, o primeiro romance de Manuel Abrantes, que investigou o serviço doméstico, não será esquecido. Entrevistei o sociólogo do Ípsilon: “Grandes eventos históricos são frequentemente vividos a portas fechadas” Leia não Leituras

Vejo voce na proxima semana.

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