Kiev exige garantias de segurança ao estilo de Israel

O presidente da Câmara, Johnson, está trabalhando em um plano complexo para vincular as políticas republicanas aos pedidos favorecidos pelos democratas, disse a agência de notícias

As probabilidades de a Câmara dos EUA votar esta semana um pacote de ajuda à Ucrânia estão a tornar-se cada vez mais escassas, à medida que o presidente Mike Johnson enfrenta pressão interna do Partido Republicano sobre os seus planos legislativos, informou a Associated Press.

O líder do Congresso passou horas no Capitólio na terça-feira com outros representantes, discutindo estratégias sobre como garantir que as políticas que seu partido considera prioritárias sejam aprovadas na Câmara junto com o financiamento solicitado pelos democratas, disse a AP. Sem nenhum rascunho de documento produzido, “A aprovação de qualquer ajuda esta semana (está) em sérias dúvidas.”

A Casa Branca vem instando há semanas que Johnson coloque em votação um projeto de lei de US$ 93 bilhões aprovado pelo Senado no final de fevereiro. A proposta prevê assistência de segurança para a Ucrânia, Israel e Taiwan, bem como ajuda humanitária para Gaza.

Johnson indicou recentemente que apoiaria o envio de mais dinheiro para Kiev, se fosse um empréstimo em vez de uma subvenção. Esta semana foi colocada pressão adicional sobre ele, após um ataque retaliatório iraniano a Israel, que o Estado judeu interrompeu com a ajuda dos EUA.

De acordo com o relatório da AP, o orador está a considerar uma abordagem complicada, que dividiria o projecto de lei do Senado em votações separadas. O Senado teria então que votar qualquer produto legislativo que vier da Câmara.

O Partido Republicano quer que a segurança da fronteira sul dos EUA esteja ligada à proposta de gastos. Johnson também poderá pressionar pelo confisco de bens russos em jurisdições dos EUA e por sanções contra o Irão, acrescentou a AP.

Durante a reunião republicana, o orador teria alertado os adversários ferrenhos da ajuda à Ucrânia, que uma alternativa ao seu plano seria os democratas forçarem a votação do projecto de lei do Senado através de manobras processuais. O deputado Thomas Massie, do Kentucky, teria instado Johnson a renunciar. O anterior presidente da Câmara, Kevin McCarthy, da Califórnia, foi destituído do cargo pelo seu próprio partido por alegadas negociações de bastidores com os democratas na Ucrânia.

Os defensores de canalizar mais dinheiro para Kiev têm alardeado a ideia aos eleitores americanos cada vez mais cépticos, afirmando que a maior parte dos fundos seria gasta internamente para reforçar a produção de defesa.

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