França brilha com o 'método Rivas'

Fernando Rivas é o ‘Rei Midas’ do badminton. O que ele toca ele transforma em ouro. Criou o seu próprio método há mais de 15 anos, baseado numa abordagem científica e inovadora que aplicou a análise de dados na formação. – hoje tão comum, mas então pioneiro – e o profissionalização de cada área que cerca o atleta (psicólogo esportivo, fisioterapeuta e preparador físico).

O melhor exemplo do sucesso deste método é Carolina Marín, campeão olímpico, tricampeão mundial e oito vezes campeão europeu. Juntos, eles tiveram uma década verdadeiramente prodigiosa.

Há dois anos, o Federação Francesa de Badminton contratou o técnico do CarolinaQual é o próximo combinando ambas as facetas, com o objetivo de dar um salto de qualidade no cenário internacional. Desde então, ele atuou como ‘treinador principal’ ou gerente sênior da referida Federação.

S Rivas acaba de ver os frutos destes dois anos de trabalho no Europeu de Saarbrücken (Alemanha). Desde a primeira edição deste torneio, em 1968, a França nunca tinha conseguido chegar ao topo do pódio. Ela já fez isso duas vezes: ouro em duplas mistas (Thom Gicquel e Delphine Delrue) em duplas femininas (Margot Lambert e Anne Tran). Este último caso é curioso porque quando Rivas chegou queriam separar-se, “não eram uma equipa, mas duas pessoas que jogavam juntas”. Ele os fez assim agora.

Fernando Rivas com os campeões europeus em duplas mistas.

Além do mais, Toma Junior Popov foi prata individual após eliminar o número 1 mundial, o dinamarquês Viktor Axelsen, nas semifinais e perder na final para Anders Antonsen. Três metais que colocaram a França no quadro de medalhas europeu, atrás apenas da Dinamarca.

Construa uma mentalidade vencedora

Qual tem sido o segredo para alcançar o salto de qualidade? Rivas tem a resposta. “Quando cheguei encontrei um grupo que jogou muito bem, mas não foi profissional no sentido de que eles não sabiam o que era necessário para passar de bons a melhores. Em França – com 200 mil licenças – eles têm uma cultura de clube muito enraizada e ensinam-nos a jogar muito bem, mas o alto rendimento estava muito longe. Houve um salto muito grande do júnior para o sênior que eles não conseguiram concretizar.“, Explicar.

E para alcançá-lo, criou uma estrutura baseada em dados, preparação física, tática, técnica e preparação mental. “Ninguém foi ao psicólogo esportivo e agora todo mundo vai. Havia um ‘complexo’ de pensar que não eram capazes de vencer e tínhamos que fazê-los acreditar que sim”, acrescenta.

Ninguém foi ao psicólogo esportivo e houve um ‘complexo’ de pensar que não era capaz de vencer

Fernando Rivas, treinador de Carolina Marín e ‘treinador principal’ da Federação Francesa de Badminton

Ele adaptou sua metodologia à personalidade de cada jogador e à cultura francesa.. “Não tem sido fácil. Não vale a pena impor, é preciso convencer os jogadores através de dados e muitas conversas. Todos queriam jogar torneios do World Tour, mas não tinham nível. Gosto de construir desempenho com base no treinamento. A intensidade deles não foi a desejada nem a velocidade do jogo. Estruturamos a estratégia dos torneios e demos-lhes ferramentas técnicas, táticas e mentais para enfrentá-los“, Explicar.



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