Uma imagem para a história dos derbies

CCresceu no Valência, brilhou no Málaga, venceu no Real Madrid e sofreu no Sevilha. Mas aos 30 anos, Isco acabou descobrindo que nasceu mesmo para jogar no Betis. Líder absoluto da equipa de Pellegrini, capitão na primeira oportunidade, adorado pelos adeptos verdes e brancos e agora também, protagonista num dérbi de Sevilha, apontando para o escudo depois de marcar numa imagem que dará muito que falar. E a história do médio Arroyo de la Miel no Benito Villamarín, MVP jogo após jogo, apenas começou…

O clássico de Isaac durou apenas 12 minutos

Foi seu primeiro clássico na elite. Estava a fazer uma estreia sensacional na equipa principal do Sevilha, tornando-se nestes meses, desde o mercado de inverno em que o clube decidiu dar-lhe a alternativa, um dos arquitectos da reacção da equipa Nervionense para evitar ser imerso na luta para a descida. Como mandante, sonhava em ser protagonista na partida de máxima rivalidade local. Mas para Isaac Romero, o jogo contra o Betis mal durou 12 minutos. Em ação completamente sozinho, entrando na área, tentou buscar passe para trás e quebrou. Lesão que parece importante na coxa da perna direita e que pode encerrar a temporada.

Fornals e Acuña jogaram

O clássico foi uma partida de alta tensão, com as duas equipes deixando tudo em cada disputa, como sempre. Embora com histórico de arbitragem de Sánchez Martínez (três expulsões no último jogo Betis-Sevilla no Villamarín), pode-se dizer sem hesitação que Fornals e Acuña jogaram com segurança. Aos seis minutos, o castelão chegou atrasado a uma bola dividida, entrou forte com os chutes na frente e acabou acertando o tornozelo de Soumaré. E faltando 10 para o fim, o argentino venceu Fekir. O árbitro murciano, desta vez, preferiu contemporizar. Uma cotovelada de En-Nesyri, um chute de Ayoze, muitos outros de Badé e uma bofetada de Suso turvaram parte do jogo.

Um gol anulado, um pênalti… e outro anulado pelo VAR

Um gol anulado por Lukebakio aos 24 minutos gerou pouca polêmica porque as imagens mostraram que ele estava claramente impedido. Sim, uma ação na outra área, com o mesmo protagonista, vai dar mais o que falar. O belga-congolês bloqueou com o cotovelo um remate de Fornals, ao virar-se, numa acção que acabou por valer uma grande penalidade e significou o 1-0. E um pênalti concedido a Badé por dar um tapa na cara de Isco que Sánchez Martínez apontou, mas acabou anulando após revisão do VAR, também fará correr rios de tinta.

Bakambu se machucou quando poderia ter marcado 2 a 0!

Nem cinco minutos se passaram no segundo tempo quando Juan Miranda, com um passe longo, conseguiu deixar Bakambu sozinho, cara a cara com Nyland. Nas arquibancadas do Villamarín todos se preparavam para cantar o 2 a 0. Mas o avançado congolês, quando chegou à área e se preparava para rematar, notou um furo na coxa e ‘deu’ a bola à defesa do Sevilha. Do que poderia ter sido o gol que colocou a vitória do Betis no caminho certo para sair de maca. Sua segunda lesão grave desde que ingressou na equipe de Pellegrini, em meados de fevereiro.

Kike Salas, um avião com um cenário para arranhar uma gravata

A ausência de Kike Salas foi a grande surpresa do onze do Sevilha. Quique Flores optou por Acuña como zagueiro e Ocampos como ala. Mas nos primeiros minutos do segundo tempo, o jovem substituiu outro jogador criado na estrada de Utrera, Jesús Navas. A primeira bola que ele tocou, na rede. Cabeçada inapelável de escanteio para empatar o placar e colocar o Sevilla em uma partida em que estava se diluindo. Um ponto que pode não ser de grande utilidade para a sua equipa… mas que dá uma pequena ‘folga’ ao seu eterno rival.

Abde e Chadi tiveram o clássico nas mãos

E não uma, mas duas… Abde, ausente há semanas, foi um dos recursos de Pellegrini na reta final e o 2-1 poderia ter ficado na sua cabeça. Ele finalizou cruzamento lateral da direita para o travessão. E se a do extremo marroquino foi clara, foi igualmente ou mais a do seu compatriota Chadi Riad, já nos descontos, a perseguir uma bola perdida na área após cobrança de falta de Fekir. Ele acertou um voleio com o pé esquerdo, mas seu chute foi pelo teto e foi o fim de um novo clássico com empate.



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