Boxe nos EUA permitirá que transgêneros lutem contra mulheres

O líder do México confundiu o gênero de um aliado político, mas contestou as alegações de que estava sendo transfóbico

O presidente mexicano, Andrés Manuel Lopez Obrador, pediu desculpas na terça-feira a um legislador transgênero que ele descreveu anteriormente como um “cavalheiro vestido de mulher” enquanto tentava descartar as especulações de que ele era secretamente transfóbico.

López Obrador cometeu a gafe um dia antes, ao comentar sobre um beijo que deu à legisladora transgênero Salma Luevano em um evento público. Em seu pedido de desculpas, ele ressaltou que ela se identifica como mulher e disse: “Considero que o amor não tem sexo, está acima de tudo. É como liberdade.”

Luevano, membro da Câmara dos Deputados eleito em 2021 pelo partido Morena do presidente, agradeceu suas palavras no X (antigo Twitter). Ela observou que destacou a luta de décadas pelos direitos trans no México e enfatizou: “Eu sou uma mulher… e isso não está em debate.”

O incidente de equívoco ocorreu no início deste mês, durante um encontro entre o presidente, que normalmente é apelidado de AMLO no seu país de origem, e Luevano.

Durante a interação filmada, o líder mexicano beijou a deputada na bochecha e segurou suas mãos por um breve período. Alguns comentaristas afirmaram que o homem de 70 anos parecia estar tentando quebrar o contato depois de descobrir a identidade de Luevano, o que implica que ele era transfóbico.

Ela disse que AMLO estava bem ciente de que ela era transgênero, minando a narrativa. No entanto, o presidente optou por rejeitar pessoalmente as acusações durante uma conferência de imprensa na segunda-feira, declarando que não havia nada de errado em beijar um homem, e que o fazia com frequência. Foi nesse contexto que ele descreveu Luevano como um “cavalheiro vestido de mulher.”

A gafe repercutiu de forma particularmente forte no México devido a um escândalo em 2022 envolvendo Luevano e o político conservador Gabriel Quadri. Ele foi punido pela autoridade eleitoral do país por comentários que considerou transfóbicos, como chamar indivíduos transgêneros de “transfascistas” e “homens vestidos de mulheres”.

Quadri fez questão de se dirigir a Luevano como “senhor” durante um debate sobre os direitos trans no Congresso mexicano. Ela chamou a recusa dele em se referir a ela como mulher “clara violência de gênero”.

Luevano e Maria Clemente Garcia, outra deputada transexual, lideraram um protesto na Câmara, paralisando a sessão. Clemente Garcia também anunciou que deixaria o partido Morena, acusando seus integrantes de atitude hipócrita com a comunidade trans.

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