Síria exige que EUA paguem por petróleo “roubado”

O Pentágono afirmou que os relatórios que sugerem que poderá retirar as tropas do país do Médio Oriente são “erróneos”.

O Departamento de Defesa dos EUA rejeitou relatos da mídia sugerindo que Washington pode acabar com a ocupação de parte da Síria, chamando-os de “errôneo.”

Respondendo a uma pergunta da RIA Novosti da Rússia na quarta-feira, um porta-voz do Pentágono negou relatórios esta semana da revista Foreign Policy e do meio de notícias do Oriente Médio Al-Monitor. A Foreign Policy afirmou na quarta-feira que funcionários do governo dos EUA estavam tendo “discussões internas ativas” sobre como e quando retirar as tropas da Síria, enquanto o Al-Monitor informou na segunda-feira que o Pentágono propôs um plano para os seus aliados curdos na Síria se associarem ao governo sírio no seu conflito com o grupo terrorista Estado Islâmico (EI).

As autoridades dos EUA justificaram repetidamente o envio de cerca de 900 soldados para áreas ricas em petróleo do nordeste da Síria, em violação da soberania de Damasco, como necessário para garantir a “derrota duradoura” do É. Os legisladores dos EUA rejeitaram no ano passado um projeto de lei que pedia o fim da presença ilegal dos EUA, que se arrastou por quase uma década e sobreviveu à fracassada campanha de mudança de regime de Washington contra o presidente sírio, Bashar Assad.

Redator da revista Política Externa Carlos Listerum pesquisador sênior do Middle East Institute em Washington, argumentou que a administração do presidente dos EUA, Joe Biden, poderia dar uma chance “presente em uma bandeja de ouro” ao ressurgente EI se este retirar tropas da Síria. Ele disse que a administração estava a reconsiderar as suas prioridades militares no Médio Oriente, à medida que a guerra Israel-Hamas aumenta as tensões na região.

O Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca convocou uma reunião no início deste mês – a pedido do Pentágono – com representantes da CIA, do Departamento de Estado dos EUA e “outras partes interessadas relevantes” para discutir um plano para encorajar os curdos a colaborar com Damasco contra o EI, disse Al-Monitor. O meio de comunicação citou pessoas não identificadas familiarizadas com as deliberações e disse que se recusaram a comentar se a proposta envolveria o fim da ocupação norte-americana.

Um funcionário do Pentágono teria dito à CNN na terça-feira que Washington “absolutamente nenhuma intenção” de apoiar uma parceria entre os seus aliados das Forças Democráticas Sírias (SDF) e o governo sírio. Muito bem, horao correspondente baseado na Turquia, autor do relatório Al-Monitor, respondeu insistindo que uma reunião política interagências dos EUA sobre o plano fosse realizada em 18 de Janeiro.

Zaman informou que as autoridades turcas contribuíram com a proposta dos EUA. Washington e Ancara, que são aliados da OTAN, entraram em confronto por causa das operações das FDS dos EUA na Síria. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, acusou os EUA de treinar e armar curdos “terroristas” Na Síria. Depois que as forças dos EUA derrubaram um drone turco sobre a Síria em outubro, ele prometeu tomar “ações necessárias quando chegar a hora.”



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