Gustafson, 'o Lorenzo Brown' da seleção feminina: “Ela não vem como salvadora”

ENo verão de 2022, Espanha voltou a conquistar uma medalha ‘impossível’ quando ninguém contava com ela. Era ouro do EuroBasket de uma equipe liderada por um jogador de elite, mas fora do radar do público em geral: Lorenzo Brown. O armador da Geórgia chegou ao time após uma oferta e levantou o projeto de Sergio Scariolo para um novo telhado. Foi um método de sucesso, que a seleção feminina pode replicar com a oportunidade gerada pela Megan Gustafson (Wisconsin, Estados Unidos, 1996). Obteve a nacionalidade por carta de natureza em junho de 2023, estava nos planos EuroBasket embora não tenha chegado a tempo e seja o seu momento no pré-olímpico fundamental para garantir uma vaga nos Jogos de Paris 2024.

É assim que joga Megan Gustafson: o ‘Lorenzo Brown’ da seleção feminina

Com a seleção desembarcando em Sopronrelevante no cenário do basquete apesar de não ser tão famoso quanto Budapeste ou Viena (mês geograficamente aproximadamente), Gustafson é mais uma vez a grande atração. Porque ele vem com aquele precedente ‘glorioso’ de Lorenzo Brown e porque seus últimos dias Eles são um frenesi de emoções. Não só nos treinos com os companheiros, que não são os primeiros já que participou dos anteriores ao classificação para o próximo EuroBasket. Também na carreira ele dá mais passos à frente e mostra que Megan é uma aposta segura para a FEB.

É um MVP. Muito poucas datas atrás eu ganhei com o London Lions o Troféu WBBL Betty Codona -Liga Inglesa- e com final de 15 pontos e 8 rebotes Ela conquistou o título e o prêmio de melhor jogadora paralelamente às médias de 11,6+5,6 na Eurocup com o time londrino. Foi mais uma experiência ‘top’ na Europa juntamente com as que teve na Grécia, alcançando o título de artilheiro do Euroliga com Olympiacos (22,6 pontos por jogo) ou Polónia. Ou seja, é imediatamente elite.

Gustafson, com seu MVP.

Gustafson, com seu MVP.LEÕES DE LONDRES

Batizado por Diana Taurasi

Ele faz todas as pequenas coisas para ganhar campeonatos

Natália Williams

E não apenas em um cenário menor. Também na poderosa WNBA, sendo recentemente incorporada pelo melhor time de basquete feminino, o Las Vegas Aces. Eles apostaram em Gustafson após melhorar seu desempenho em Phoenix ao atingir 7,9 pontos e 3,9 rebotes por jogo (34). Os liderados por Becky Hammon, outro mito, não hesitaram: Megan foi uma contratação importante. “Ela é uma verdadeira trabalhadora, faz todas as pequenas coisas para ganhar campeonatos. Ela será um grande recurso”, explicou Natalie Williams, gerente geral da equipe de Nevada.

Toda a WNBA pensa assim. Gustafson tem coração de campeão e se adapta tão bem quanto parece nas sessões de preparação para dar um passo adiante. “Ela está sempre preparada. Ela é a melhor profissional. Ela não jogou muito no ano passado e decidiu melhorar seu jogo. Ela é uma ótima profissional, companheira e mostra isso nos melhores cenários porque trabalha muito para dar tudo.. É algo que você vê e que te motiva”, acrescentou. Diana Taurasi, para muitos a melhor da história e parceira de Gustafson no Arizona. De mito universitário, com prêmios como jogador do ano em 2019, a confirmação na elite.

Ela é uma ótima profissional, companheira e mostra isso nos melhores cenários porque trabalha muito para dar tudo.

Diana Taurasi

Gustafson, com a Seleção Nacional

Gustafson, com a Seleção Nacional.FEVEREIRO/ALBERTO NEVADO

A experiência de Lorenzo Brown

Ele chega dando passos adiante, um ótimo currículo e sob esse ‘passado’ da ‘experiência Lorenzo Brown’ há ilusões… embora todas elas devam ser relativizadas. Quase não tem contato com os companheiros e de dentro do vestiário eles se encarregam de ‘baixar’ uma possível bolha. “Ela é uma jogadora para o futuro. Mais do que hoje, ela é o futuro imediato. Confio nos jogadores do EuroBasket e com ela há expectativas… pMas ela não vem como salvadora ou algo assim. Ela teria uma função diferente se estivesse na última janela e tivesse agregado conhecimentos em defesa, ataque e estilo. Em dois dias é difícil, mas não colocamos toda essa pressão sobre os ombros. Existem outras jogadoras como Raquel Carrera, Irati Etxarri ou Laura Gil que também desempenham um papel semelhante”, disse Miguel Mández, treinador.

Megan Gustafson não vem como salvadora

Miguel Mndez

É claro que filmar é essencial. Embora os seus recursos sejam impressionantes e é daí que vem a emoção: grande alcance para finalizar, footwork ao nível dos melhores do mundo e recursos importantes voltados para o aro. No ataque é uma ameaça a somar a nomes como Carrera, Alba Torrens, Mara Conde ou Maite Cazorla. E sua adaptação está cada vez mais forte. “Obviamente há coisas em que a ajudamos além do campo tático, mas é mais um jogador e todos contribuímos para nos conectarmos”, disse Alba Torrens, capitão

Eu jogo pelo que está na frente da camisa, não pelo que está atrás

Megan Gustafson

A seleção

A Seleção Nacional ouve as ordens de Miguel Mndez.FEVEREIRO/ALBERTO NEVADO

“Quero fazer parte de algo mais importante do que eu. Sempre foi difícil encontrar um lar, a cada ano isso muda. E essa relação de longo prazo com a Espanha me entusiasma”, confessou Gustafson ao desembarcar. “Eu jogo pelo que está na frente da camisa, não pelo que está nas costas. Então estou preparado para as coisas importantes. Trabalhe mais. Trabalhe extra. E estarei preparada”, disse ela para se definir. É a vez dela. O ‘método Lorenzo’.



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