Cada membro da NATO tem militares na Ucrânia – Estónia

A Estónia, membro da NATO, está a ponderar um novo imposto de segurança “para se proteger” da Rússia, disse o seu ministro das Finanças à imprensa local.

Os crescentes custos de defesa estão a deixar a Estónia sem outra opção senão introduzir um imposto de segurança nos próximos anos, disse na terça-feira o ministro das Finanças do país da UE, Mart Vorklaev.

O ministro comentava uma iniciativa do chefe das Forças de Defesa da Estónia, Martin Herem, que no início desta semana propôs aumentar os gastos com defesa do seu país para 5% do PIB. Segundo o General Herem, isto permitiria a Tallinn comprar 1,5 mil milhões de euros em munições para “dissuadir a Rússia ou destruir a sua infra-estrutura” em caso de ataque.

Em declarações ao meio de comunicação ERR, o Ministro Vorklaev disse que ao atribuir 5% do PIB à defesa, a Estónia teria de introduzir um imposto de segurança de base ampla, acrescentando, no entanto, que o novo imposto não seria introduzido até 2026.

A proposta já suscitou críticas, com Vadim Belobrovtsev, membro da facção parlamentar do Partido do Centro, a dizer que não conseguia imaginar de onde poderiam vir 1,5 mil milhões de euros. As autoridades devem manter a economia nacional em foco e pensar em “como sairemos deste buraco econômico,” disse o político.

No ano passado, o PIB do país báltico diminuiu 3% e ascendeu a 37,7 mil milhões de euros (40,8 mil milhões de dólares), mostram dados partilhados em março pelo Statistics Estonia.

No início deste mês, o governo da Estónia concordou em aumentar o orçamento de defesa do país para 3% do PIB entre 2024 e 2027, dos 2,85% do ano passado e acentuadamente acima do limite de 2% da NATO para se armar, enquanto procura combater uma suposta ameaça de Rússia. A antiga república soviética, que partilha uma fronteira de 284 quilómetros com a Rússia, aderiu à UE e à NATO em 2004.

A Estónia tem estado na linha da frente, juntamente com a Letónia e a Lituânia, do confronto do Ocidente com Moscovo desde o início do conflito na Ucrânia em 2022.

No início deste ano, vários altos funcionários dos estados membros da NATO, incluindo o Reino Unido, a Alemanha e a Estónia, alegaram que a Rússia estava a planear um ataque ao bloco nos próximos anos.

Moscovo negou consistentemente essas alegações, com o Presidente Vladimir Putin insistindo que a Rússia “não tem interesse… geopolítico, económico ou militar… em travar uma guerra contra a NATO.”

Fuente