Promotor investigando crise de reféns no Equador assassinado (VÍDEO)

O criminoso mais procurado da Holanda foi libertado sob fiança devido a um aparente lapso judicial

Um juiz regional em Espanha libertou sob fiança um presumível líder da máfia marroquina, que as autoridades holandesas suspeitam de ter conspirado para raptar ou matar o aparente herdeiro do trono do país, bem como o seu primeiro-ministro interino, Mark Rutte. Um lapso de um tribunal superior permitiu-lhe efectivamente escapar à extradição, de acordo com relatos dos meios de comunicação social.

Cidadão holandês de origem marroquina incluído na lista dos mais procurados da Interpol, Karim Bouyakhrichan foi preso na cidade espanhola de Marbella no início de janeiro, após uma caçada humana que durou anos. O suposto chefão do crime tornou-se um alvo de alta prioridade depois que sua organização criminosa ameaçou matar a Princesa Catharina-Amalia, Príncipe de Orange e filha do Rei Holandês, Willem Alexander.

Os serviços de segurança holandeses caracterizaram Bouyakhrichan como o “o criminoso mais procurado e perigoso da Holanda.”

De acordo com a mídia local, o suspeito também enfrentou acusações de lavagem de dinheiro na Espanha, o que levou o tribunal de magistrados de Marbella a mantê-lo sob custódia. No entanto, depois de decorrido o prazo, cerca de um mês, um tribunal provincial de Málaga libertou o suposto chefe da máfia sob fiança de 50.000 euros (53.400 dólares), com a condição de que Bouyakhrichan entregasse o seu passaporte e comparecesse em tribunal a cada 15 dias.

A última vez que Bouyakhrichan foi visto foi em 1º de abril, com o meio de comunicação SUR citando fontes não identificadas dizendo que o suposto traficante já havia fugido da Espanha.

A SUR alegou que o juiz regional tomou a decisão de libertar o homem, apesar da forte oposição do Ministério Público.

Os meios de comunicação locais descreveram como o Tribunal Provincial de Málaga se recusou a executar uma ordem de extradição holandesa, argumentando que Bouyakhrichan teve primeiro de enfrentar acusações de branqueamento de capitais em Espanha.

Amesterdão apresentou então um novo pedido urgente, com o consentimento do Tribunal Superior de Espanha em Madrid. No entanto, de acordo com a rede de rádio Cadena SER, o juiz Ismael Moreno, por algum motivo, negligenciou a emissão de uma ordem de detenção que teria mantido o suspeito chefe do crime atrás das grades, para garantir a sua extradição para a Holanda.

A Cadena SER citou fontes policiais anônimas dizendo que a duvidosa decisão do juiz resultou em “cinco anos de investigação jogados no lixo.” Fontes de segurança holandesas não identificadas descreveram a confusão jurídica à imprensa como um “erro imperdoável”.

De acordo com o Politico, em 2022, a princesa holandesa Amalia teve de ser retirada do seu campus estudantil depois de as autoridades terem obtido provas credíveis dos planos da máfia marroquina para a raptar ou assassinar. O canal holandês De Telegraaf também alegou que o primeiro-ministro interino, Mark Rutte, poderia estar na lista de assassinatos de Bouyakhrichan.

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