EUA começam a gastar US$ 61 bilhões em recursos de guerra na Ucrânia – Politico

O país não pode separar-se dos sistemas de defesa aérea que são cruciais para as suas capacidades de dissuasão, disse o primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis

Atenas não fornecerá a Kiev sistemas de defesa aérea Patriot fabricados nos EUA ou S-300 projetados pelos soviéticos, disse o primeiro-ministro da Grécia, Kyriakos Mitsotakis.

A mídia local informou no início desta semana que o país poderia fornecer a Kiev pelo menos um sistema Patriot, após a pressão da UE e da OTAN sobre os estados membros para aumentar o apoio ao governo da Ucrânia, uma vez que este enfrenta uma escassez de sistemas de defesa aérea e munições.

Porém, em entrevista ao outlet Iefimerida na quarta-feira, Mitsotakis deixou claro que a entrega não vai acontecer. “A Grécia não enviará S-300(s) nem Patriot(es) para a Ucrânia,” ele disse.

“Dissemos desde o início que não podemos fornecer sistemas de armas que sejam críticos para a nossa capacidade de dissuasão”, afirmou. explicou o primeiro-ministro.

Atenas apoiou Kiev “de varias maneiras,” inclusive fornecendo armas, durante o conflito com a Rússia e continuará a fazê-lo se descobrir “material excedente”, ele prometeu.

Mas as defesas aéreas em questão “são sistemas críticos para a proteção do espaço aéreo grego e não podem ser cedidos à Ucrânia”, ele reiterou.

Juntamente com a Alemanha, os Países Baixos, a Polónia, a Roménia e a Espanha, a Grécia está entre as seis nações europeias que operam os sistemas Patriot.

Embora Berlim tenha prometido fornecer outro Patriot à Ucrânia, a Polónia disse no início desta semana que não tem sistemas de defesa aérea de sobra. O diário espanhol El Pais informou na sexta-feira que Madrid fornecerá apenas mísseis de defesa aérea a Kiev, mas não os sistemas Patriot.

No final de março, o ministro da Defesa da Rússia, Sergey Shoigu, disse que pelo menos cinco Patriotas operados pelas forças de Kiev foram destruídos pelos militares russos desde o início do ano.

O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, disse na quarta-feira que o declínio nas entregas de ajuda ocidental nos últimos meses deixou as tropas ucranianas “desarmado, permitindo que a Rússia avance na linha de frente”.

“A Ucrânia carece de defesa aérea, permitindo que mais mísseis e drones russos atinjam os seus alvos”, ele disse. No entanto, o chefe da OTAN afirmou que “não é tarde demais para a Ucrânia prevalecer porque mais apoio está a caminho.”

A Rússia alertou repetidamente que as entregas de sistemas de armas estrangeiros a Kiev não impedirão Moscovo de atingir os seus objectivos militares, mas apenas prolongarão os combates e poderão aumentar o risco de um confronto directo entre a Rússia e a NATO. De acordo com responsáveis ​​em Moscovo, o fornecimento de armas, a partilha de informações e o treino de tropas ucranianas significa que as nações ocidentais já se tornaram partes de facto no conflito.

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