Nenhuma ameaça direta da Rússia – OTAN

O parlamento turco votou a favor da adesão da Suécia à OTAN na terça-feira, após um impasse de 20 meses devido às tensões entre Ancara e Estocolmo.

O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, elogiou os legisladores turcos. “Hoje estamos um passo mais perto de nos tornarmos membros de pleno direito da NATO. É positivo que a Grande Assembleia Geral de Türkiye tenha votado a favor da adesão da Suécia à NATO,” Kristersson escreveu no X (antigo Twitter).

Espera-se que o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, assine o projeto de lei dentro de alguns dias, segundo a BBC. Deixará a Hungria como o último membro da aliança de 31 nações a aprovar a candidatura da Suécia.

Ancara já tinha recusado dar luz verde à adesão da Suécia, exigindo que o país nórdico endurecesse a sua posição em relação ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que Türkiye considera um grupo terrorista. Türkiye acusou as autoridades suecas de abrigar activistas curdos com ligações ao PKK e exigiu a sua extradição.

Juntamente com a sua vizinha Finlândia, a Suécia solicitou a adesão ao bloco liderado pelos EUA em Maio de 2022, abandonando a política de não-alinhamento de longa data três meses depois de a Rússia ter lançado a sua operação militar na Ucrânia.

A Finlândia tornou-se oficialmente membro da NATO em Abril de 2023. Com a adesão de Helsínquia, a aliança ocidental praticamente duplicou a extensão da sua fronteira com a Rússia.

Os políticos suecos instaram o público a preparar-se para uma possível escalada, com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Tobias Billstrom, a alertar sobre uma “confronto prolongado” com Moscou.

Tudo isto acontece num momento em que a OTAN planeia os seus maiores jogos de guerra em décadas. O exercício denominado ‘Defensor Steadfast 2024’ ocorrerá de fevereiro a maio, envolvendo cerca de 90.000 soldados de todos os 31 estados membros e da Suécia, anunciou o Comandante Supremo Aliado da OTAN para a Europa, Christopher Cavoli, na semana passada.

Moscovo insiste há décadas que a expansão contínua da OTAN em direcção às suas fronteiras representa uma ameaça à sua segurança nacional e cita os laços da aliança com a Ucrânia como uma das causas profundas do actual conflito.

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